TEMPO DE BALANÇOS

Final de Ano, tempo de Balanços!
O ano de 2010, foi um ano algo conturbado, quer a nivel pessoal, quer a nivel social.
A nível pessoal, terminei o 12º ano naquele sistema que os catedraticos, não gostam e eu confesso que ao principio também achei fácil mas actualmente acho que afinal até mereço pelo trabalho e pelo os conhecimentos que adquiri ao longo da vida profissional.
Em Abril foi conduzido mais uma vez como Presidente do União Sport Clube de Mira sintra. Também foi durante o mês de Abril que participei numa exposição conjunta de fotografia, na Casa da Cultura de Mira Sintra, fotos que acabei por doar à Câmara de Sintra.
No campo politico assumi a minha vontade de em 2013 formar lista para a Freguesia de Mira Sintra e com isto informando as pessoas e responsáveis dessa minha vontade. Vamos ver!?
Desejo a todos um Feliz e Prospero Ano Novo.

O "CHICO ESPERTISMO"

Todos os dias ouvimos falar de empresas que afundam, que fecham, trabalhadores desempregados, enfim um sem numero de desgraças, do nosso País.
Está na ordem do dia o aumento dos transportes públicos e mesmo a calhar, vou contar o que sucedeu com a minha mãe.
Estando ela a fazer curativo numa clínica em Mem Martins, bairro S. Carlos, apanhou o autocarro para Sintra. Ao entrar no autocarro pediu um bilhete correspondente para a paragem onde iria descer. Perguntou ao motorista o preço, 2.80€, ele muito amavel tirou o bilhete e picou, entregando-o logo de seguida à minha mãe. Ela sentou-se e quando tira o bilhete do bolso, repara que o preço do mesmo é de 1.95€.
Cá está a esperteza do trabalhador que lida com dinheiro da empresa. Dinheiro esse que é um dos contributos para a facturação da empresa. Para quem ainda não percebeu, passo a explicar.
O motorista no final do dia ou do turno tem de entregar o dinheiro da venda de bilhetes. Ao fazer as contar ele irá entregar, neste caso o valor do bilhete entregue (1.95€) em vez de 2.80€, valor que cobrou à minha e que é o valor da viagem, neste caso ele irá pôr ao bolso 0.85€. Agora supunhamos que ele por dia faz isto 10 vezes, serão 8.50€, vezes 22 dias são 183€.
Pois, é... agora façam as contas se metade dos motoristas, fizerem o mesmo...

COM ANTECEDÊNCIA

2013 vai ser um ano de alguma luta e animação, no que ao lugar a Presidente da Junta de Freguesia diz respeito. O actual Presidente Dr. Rui Pinto; (caso a lei não se altere) termina o seu terceiro mandato  e não se pode candidatar. Perante esta situação, há já algumas pessoas que se estão a posicionar e a consultar pessoas para formar listas. Até aqui tudo normal, não fosse todas aquelas que conheço, serem oriondas do mesmo partido, eu próprio incluído.
No meu caso, também comecei a fazer o meu trabalho. Escolher uma equipa jovem dinâmica, cortar com alguma geração, que já deu muito à Freguesia. Penso que se deve ter uma atitude diferente e um paradigma novo.
Ao longo dos próximos tempos irei dando noticias sobre a evolução deste processo.
Até lá saudações aos Fregueses de Mira Sintra.

COMEÇAR DE NOVO

Começar qualquer coisa, requer sempre uma adptação ao desconhecido, a situações novas e diversas. A experiência da vida ajuda nessa adptação mas não deixa de acontecer espaços vazios, mudanças das rotinas no dia-a-dia e o preenchimento de sítios e lugares diferentes.
Assim me encontro, nesta fase da minha vida.

Começar de novo.

TRABALHO

Há trabalhos gratificantes, não pelo salário em si, mas por aquilo que nos propocionam.
Hoje era um quarto para as oito, quando passava a ponte da Arrábida em direcção a Lisboa, deparei com um espectáculo que talvez muitas das pessoas que atravessam ponte para ir trabalhar ou nos seus afazeres, se calhar nem reparam na beleza que é o nascer do Sol naquela posição mesmo por cima do Douro, emprestando uma luz fosca devido à nebelina própria nas manhãs do rio.
Aquele sol entre as nuvens carregadas de água, produzindo um amarelo dourado vivo, que aqui e ali mostrava os seus raios por entre as nuvens.
Belo!. Só para quem tem outro olhar sobre mais um nascer do dia, de muitos dias da nossa vida

CORAGEM E ACREDITAR

Estamos num tempo complicado. Quando vemos e ouvimos as noticias, que confirmam uma das maiores crises, quer financeiras, quer sociais, é com agrado que vejo um casal com coragem e empreendedorismo em abrir o seu próprio negócio.
O espaço é simples e simpático, aliás tal como o casal que o gere e chama-se "Café Central do Tojal".
Convido aos meus amigos a frequentá-lo, serão bem servidos e durante a semana, servem uma refeição do menu por 6.50€.
Vamos dar uma força à Ana e ao João, pela coragem e por acreditarem neles.

CULTURAS E FÉ

Hoje, fui o convidado fotografo, no 1º aniversário da Léticia, filha do meu colega de trabalho, o Marco.
O Marco mostrou-me a sua família, de fé e parental, mas também mostrou alguns hábitos gastronómicos.
Apresentou-me a um caldo de mandioca, que é divino e ainda a uns doces muito bons.
Obrigado Marco por me incluiris na tua familia de amigos.
Parabéns à Léticia.

ANIVERSÁRIO

Quando se completa mais um ano na nossa vida, é sempre tempo de balanços.
O tempo que decorre é o de fim de ciclo. Tal como o Outono que fecha o ciclo de uma planta e mergulha no Inverno para se fortalecer interiormente, também eu fecho um ciclo na minha vida e dou inicio a um período de repensar e carregar as baterias.
Até aqui a vida já me presenteou, com diversas situações e fizeram-me crescer, como homem, como ser humano, como pessoa. Os altos e baixos da vida, são como as estações do ano, devemos tirar sempre as melhores lições delas. Porque todas fazem falta para que todos os seres vivam em armonia uns com os outros.
Hoje quando abri a minha página no "face", só vi amigos, de outros tempos, o que muito me alegrou e me reconfortou. Dei comigo com uma lágrima no canto do olho.
Obrigado amigos.

DESAFIOS

Nota-se e se calhar sou eu que estou numa época optimista, mas vejo as pessoas da minha terra algo paradas! Talvez conformadas.
Conformadas com a vida, conformadas com este estado de coisas e do País, que não ata nem desata.
Vejo  e olho para os comerciantes e...falta um pouco de iniciativa para alterar, mais que não seja a forma de fazer negócio. Por outras palavras, não estão com a mente aberta, ou então não parece, para procurar parcerias para os seus negócios.
Isto está um pouco enrolado, mas vou desenrolar já.
Penso que seria uma boa ideia, as salas dos cafés, servirem de salas de exposição, quer de pintura, quer de fotografias de artistas da Freguesia. Além de alegrar as salas e os espaços de estar, mostravam as obras de quem se calhar tem dificuldade, em expor em salas mais próprias. Era como levar a Cultura, aos cidadãos em vez de levar os cidadãos, à Cultura.
É um desafio que deixo aqui.

SOLIDÁRIO III

Hoje Justiça.
Hoje estive com o meu irmão e ele estava todo irritado, devido a um problema no prédio onde vive. O prédio está a precisar de obras, só que existe três condóminos, que não pagam a mensalidade relativa ao condominio e a despesa das obras teve de ser dividida pelos restantes. Ele estava irritado e com razão porque não tem de pagar mais 10,15, ou 20€ pelos outros que não pagam.
Ora aqui está com a devida distância um exemplo do que se passa no nosso País. É que ele vai até aos outros que não pagam pedir o dinheiro para as obras e aqui a justiça é feita quase automáticamente.
A nivel do País se algum de nós for denunciar alguém que está a fugir aos impostos, ainda somos prejudicados pelo o tempo que perde, pelas maçadas que tem, que pensando melhor vai tentar fugir também aos impostos que é para não se chatear. É que a lei proteje o infrator e não o denunciante. No meu entender o denunciante deveria receber uma pequena percentagem dos impostos recuperados, porque está a prestar um serviço à NAÇÃO.
Há um estudo que indica, que se recuperasse as fugas ao fisco que dava para tapar o buraco do Déficie.
Mas como não há interesse em mudar o objectivo da lei fiscal....!

SOLIDÁRIO II

Ontem fiquei na fiscalização. Hoje exigência.
Na exigência vou fazer aqui uma afirmação, (mas é minha) que é a seguinte:
O principal culpado desta situação é o povo.
Posto isto passo a esclarecer. O povo ou o cidadão, demitiu-se do seu papel supra importante, de ser exigente com quem elege. Aquando das eleições o cidadão comum, vai votar e pensa o seguinte; epá pronto já cumpri o meu dever  cívico. Isto até é porreiro, vejo pessoal que já não via à bué. E pronto vai para casa e nunca mais pensa nesta coisa da politica.
Pois eu penso que se durante a campanha se prometeu isto ou aquilo e que inflenciou o meu voto, se não for cumprido deve ser logo denunciado e exigir que se cumpra com o prometido. Deve haver a consciência de que as politicas praticádas têm influência na minha vida no dia a dia. Não se pode votar neste ou naquele, e depois dizer que são todos iguais, que eles só pensam neles (diram alguns e não é verdade?) e até pode ser. Mas cabe ao povo e aos seus representantes na Assembleia da Republica defenderem os seus interesses.
Uma das exigências que se devia fazer era pedir facturas nos postos da gasolinas  na compra de roupa, etc. Factura não talão da máquina registadora. Como toda a gente sabe e se não sabe é porque anda distraido, a maior parte das máquinas, dá para parar o rolo interno e continuar a sair o talão. O pessoal das finanças sabe mas não quer saber.Se calhar temem em fazer esse tipo de averiguações, para não perderem as poucas contribuições que ainda vão fazendo. Porque haveria muita casa que fechava as portas. Aliás hoje mais do que nunca se foge às facturas para se poder pagar a Segurança Social.
Continu-o a afirmar que se pagar-mos todos, pagamos menos.

SOLIDÁRIOS

O povo português é solidário.
Aquando da recolha de alimentos, estamos lá mesmo em tempos de dificuldade e superamos, para Moçambique, Haiti, Madeira, AMI, superamos.
Porque será que para PORTUGAL NÃO SOMOS SOLIDÁRIOS?
Será por nos sentir-mos enganados!?
Poderia dizer ainda, em geria, que "solidários sim mas não estúpidos".
Com a nova carga fiscal e cortes que se avizinham, sinto que a fuga aos impostos vai aumentar. Digo eu que não percebo nada disto. Na minha óptica de trabalhador do retalho, de ex comerciante, de ex trabalhador do comércio, de ex trabalhador industrial e de ex autarca, penso que no futuro se deveria criar o gosto de pagar impostos.
Como?
Com , fiscalização, exigência e justiça.
Fiscalização, junto das industrias, do comercio e do retalho. Fazendo o percurso das matérias primas até à transformação e sua comercialização. Reportando perdas, (defeitos, transporte etc) e com isso contra pôr com as vendas ao público. Dentro desta área, o alerta para os faltosos podendo ser feito a denuncia por parceiros do mesmo negócio.Passo a explicar.
Dois comerciantes no mesmo ramo, se um comprar sem factura consegue vender mais barato que o outro que compra com factura. Isto todos sabem. O que acontece, é que aquele que compra com factura vai tentar comprar sem factura, para ter preços idênticos ao do vizinho, suvertendo o sistema. Aqui o que tem de haver é uma mudança clara de mentalidade.
Tem de se dizer claramente que, quem não paga impostos, não está a roubar o governo mas sim o vizinho, o amigo, o filho, a filha, a mãe, enfim está claramente a roubar o País.
Vamos ser SOLIDÁRIOS com Portugal, porque assim estaremos a ser Solidários connosco.

FELICIDADE

Felicidade, segundo o dicionário é. ventura; bem estar; contentamento; bom resultado, bom exito; qualidade ou estado de quem é feliz.
Eu acrescentaria: estado de espírito momentânio que leva ao extase, relaxamento e bem consigo próprio e com os outros.
Felicidade é tudo aquilo que nós quisermos que seja. Um pôr do sol, o vislumbre de algo ou de alguém, o estado dos nossos amigos e a pessoa que partilhamos o nosso íntimo.
A felicidade procura-se, cultiva-se e por vezes dá-nos a honra de aparecer. Vai e vem sempre que algo de especial acontece.
Últimamente tenho sido agraciado por ELA, não sempre mas algumas vezes, quando lhe apetece...

ANIVERSÁRIO

Quando se comemora mais um aniversário, tem-se tendência para fazer balanços.
Balanços da vida profissional, da vida social e da vida pessoal.
Olhando para trás, verifico que a época do Outono, tal como diz o meu signo... é altura  de mudanças. Acaba uma época de fartura com o verão e prepara-se o acolhimento, os agasalhos e o repensar de toda uma existência. Por isso se algum acontecimento surgir nesta altura, é natural ou coincidência.
Foi neste período que me juntei. Foi neste tempo que fui Pai. Coisas importantes da vida de qualquer ser humano.
Olhando e analisando em pormenor diria que tenho um saldo positivo.
Tenho uma filha linda, mulher de cabeça feita. Mais dois que passaram a ser meus quando me juntei com a mãe deles, agora com vida própria e voando sózinhos sempre com o olhar e o apoio dos Pais.
Socialmente, também já realizei mas ainda espero realizar mais projectos.
Mas continuo a pensar no Outono e nas mudanças que pode trazer à minha vida.

CONSCIÊNCIA

De facto nós somos um povo que gostamos de enganar o sistema. Está no nosso, génises. Mesmo aquilo que só depende de nós gostamos de enganar-nos, pensando que estamos a enganar o sistema.
Sim, soube de casos em que os formandos ou candidatos, ponham os conjugues a fazer o trabalho, para depois os submeterem ao avaliador. Enfim há de tudo.
Mas quem de facto quis trabalhar e por à prova as suas capacidades, validar e submeter as suas conpetências a um juri, não foi fácil. Para quem deixou de estudar, de remexer em livros ou em matérias e ter de pesquisar através destas novas tecnologias e escolher os sites e link'es limpos e certos,  não é facil.
Bom, mas no fim depois de expor e reviver todas ( algumas) situações de vida e experiências vividas, foi-me validado o 12º ano.
Sim... está bem... até no nosso local de trabalho há quem receba o mesmo sem o mesmo empenho, que nós empregamos.
Depende sempre da nossa conciência.

A ESCOLA

A escola como elemento fisico, pode, deve e é um local publíco e social por excelência. Aquilo a que assisti no passado domingo, na agora Domingo Jardo, outrora Escola Preparatória de Mira Sintra, foi a mostra cabal que isto da escola já não tem nada haver com o que era.
Um grupo de antigos alunos pôs a ideia de pé, juntar ex-alunos, num 1º convivio (espero que se repita) no polivalente da referida Escola.
Conseguiram apoios, boas vontades de alguns professores e da própria escola e foi um excelente dia de convivio. Juntaram mais que muitas mãos cheias de amigos, filhos, maridos e antigos funcionários.
Daqui faço um apelo, para que esta iniciativa tenha continuidade, para que muitos que não vieram neste 1º encontro que venham no próximo.
Força

VIDA

Todos os dias nascem, vidas e como diz a canção, "Nasce Selvagem.." Hoje nasceu mais uma vida entre tantas. Só que esta torna-me mais uma vez em tio.
Mais um ciclo se completa e recomeça. Espero que ele cresça em harmonia, num lar feliz e com liberdade. Bom... eu cá estarei para o que der e vier.
Parabéns mano Afonso.

"O RECEIO"

Por vezes somos "obrigados", a recordar momentos da nossa vida para ilucidar certos preconceitos. Como tenho uma vida transparente, e por vezes, sei que causa apreenção. Mas enfim quem não deve não teme.
Posto isto, espero não ferir ideias e ideais.
Estive à frente de um estabelicimento (café) em Mira Sintra, durante 9 anos. Durante este período confrontei-me várias vezes com a problemática da droga e álcoolémia entre os meus clientes. Assisti a situações, em que os pais de alguns toxidependentes, sem apoio, sem  informação e formação, optavam por os pôr na rua à sua sorte. Posso dizer e isto sem glória, que muitos deles se aguentavam com aquilo que eu e minha mulher dava-mos para matar a fome.
Para abreviar um pouco a história, posso dizer que hoje alguns daqueles que matamos a fome quando mais precisavam, nos agradecem, sem medo do passado, aquilo que fizemos.
Muitos deles, a maior parte são filhos dos nossos vizinhos, amigos dos nossos amigos, por vezes andaram na mesma escola que nós.
Perdi amigos e vizinhos por falta de conhecimentos e de instituições, que os ajudassem.
Não gostaria que o povo de Agualva, cometesse o erro do preconceito.
Não é empurrando o problema para outros que ele se resolve.

TERRA ESQUECIDA?!

Penso que não seja por esquecimento. Sei lá...inércia?...hum...não. Não pode ser. Se calhar os habitantes, pensam que havendo, varredores da Câmara, que mesmo deitando uns sacos pró chão, ou que eles voam, é que nós engolimos um garfo e não nos podemos dobrar para os apanhar. Alguém os vem apanhar.. Bom seja como for, o certo é que na parte de cima da Escola Básica que sita na Rua Paulo Freire, ou em frente do café da Dona Edite, estão alguns canteiros cheios de lixo com sacos de plásticos, garrafas, latas de bebidas e etc.
Eu sei que a Junta de Freguesia não tem cantoneiros, mas se calhar pode e deve fiscalizar os serviços que são prestados na sua área.
Sei lá penso eu.
E a Escola começa já segunda feira. Se calhar deviamos, dar bons exemplos!?
Sei lá...penso eu.

ESTUDAR

Quando começa mais um ano lectivo, nota-se toda uma euforia, são as crianças com os livros novos, os novos colegas, a nova escola quando se faz a transição do 4º para o 5º ano. Enfim há qualquer coisa no ar.
No entanto tenho um amigo que está a fazer o 9º ano através do RVCC e o entusiasmo, o búlicio, a expressão no rosto dele ao mostrar-me um trabalho que tinha feito, parecia...o rosto de uma criança. Esta sensação que a escola nos dá, é muito boa. Independentemente de ser novas oportunidade ou escola oficial, a sensação de estudar, de aprender no caso dele de rever toda uma história de vida... é muito bom.
Força continua.

TRADIÇÕES

Custuma-se dizer que as tradições já não são o que eram!
Bom, o que eu hoje almoçei na casa da minha mãe, contradiz a afirmação anterior. Só para situar a minha mãe é do Baixo Alentejo, Freguesia de Brinches Concelho de Serpa. Mulher do campo, das ceifas, das mondas, da apanha do grão e de todo o trabalho do Alentejo profundo.
Aquilo que hoje ela preparou, não era mais do que a refeição que as familias pobres do campo comiam depois de um dia de jorna.
Sopas de toucinho frito. Uma delicia nos tempos que correm, e que espero conseguir registar e fazer com que esta, aliás como muitas, tradições gastronómicas, não se percam na familia com a morte da Matriarca.
Obrigado Mãe.
A receita:
Para o refugado, uma cebola, dois tomates ou três maduros, meio pimento verde.
Tira-se a pele do tomate, abre-se e tira-se as sementes depois miga-se aos pedaços pequenos. A cebola corta-se às rodelas finas e o pimento depois de limpo, corta-se às tiras.
O toucinho entremiado, corta-se aos cubos e frita-se com um pouco de azeite. Com a gordura da fritura depois de passada junta-se no tacho para fazer o refugado, se necessário junta-se um pouco de azeite ao refugado. Depois do refugado estar já adiantado com os tomates desfeitos, então junta-se água para cozer batatas às rodelas não muito finas. Quando tiver quase as batatas cozidas, juntar mais um pouco de água, escalfar um ovo por pessoa. É servido numa "plengana" de barro (terrina) com sopas de pão alentejano. O toucinho frito serve de acompanhamento, com umas azeitonas.
Divinal.

ALEGRIA

Estas coisas, das redes sociais, modernisces diria a minha mãe, tem coisas más como nós todos dias ouvimos falar, em que jovens são levados em autênticas emboscadas, tem o seu lado positivo. Afinal basta usa-la com regras e algum cuidado.
Com esta conversa, quero dizer que ontem recibi dois pedidos de amizade de dois amigos de verdade. Um de um vizinho que está na Autrália há 25 anos mais ou menos, outro meu antigo camarada de armas e um grande amigo de Moura. Já há tempos também tinha reencontrado outro camarada militar, nesta rede social. É bom saber que eles estão bem, que estas tecnologias nos permitem estar em contacto com quem de facto gostamos.
Este meu amigo de Moura, foi daqueles que marcam a nossa vida e ficam sempre naquele cantinho, que todos nós temos e que poucos entram.
Obrigado por apareceres.

ORGULHO

Estava a dormir a sesta, quando toca o telemovel. Era o meu irmão mais velho, para me dizer que os Juniores do Sporting, iam jogar ao Real Massamá.
Ele lá sabia a importancia da informação. Acabei por me levantar e lá fui ver o jogo.
O Sporting ganhou por 3-0, mas o mais importante foi ter cruzado com um miudo que agora tem 18 anos  e é uma das promessas daquele clube, William Carvalho. Até aqui tudo bem.
Por vezes na nossa vida, que levamos a correr, sempre a tentar decidir bem no imediato, que só com alguns anos de distância, é que nos apercebemos da importância dos nossos actos.
Este atleta, agora jogador do Sporting, era jogador do União Sport Clube de Mira Sintra, onde na altura eu era Vice Presidente desportivo e em certa medida contribui um pouco; (porque participei nas negociações, entre os dois clubes); para o destino deste menino.
Por vezes e quase sempre, o tempo nos ajuda a perceber a importância, ou não dos nossos actos.

A VITÓRIA

Todos nós no nosso percurso vamos conseguindo pequenas vitórias, nas nossas étapas de crescimento. Hoje pude assistir a uma vitória na étapa no crescimento do neto da minha mulher, que por inerencia é meu neto também.
Dizia-me ele quando vinha-mos da praia que era difícil o equilibrio na bicicleta, respondi-lhe que era a mesma coisa que andar, se ele tinha eqilibrio quando andava, também tinha equilibrio quando andava de bicicleta.
Depois do almoço foi para a rua brincar com os miudos do prédio, e pediu-me para tirar a bicicleta da cave. Passado algum tempo tocou para casa para nós olhar-mos, pois já estava a andar de bicicleta.
E a pensar que ainda alguns dias, dizia que não gostava e não queria aprender a andar. Hoje diz que "é bué da fixe".
Fico feliz por ele ter conpletado mais uma étapa da sua autónomia e do seu crescimento.

A DISCRIMINAÇÃO

A minha filha, começou à cerca de um mês a trabalhar.
Trabalho precário, part-time, enfim o que há. O que é preciso é trabalhar, já que não estuda, trabalha. E é bom que se mantenha até recomeçar a estudar ou até que apareça coisa melhor.
Está a trabalhar numa loja da "Parfois" no Centro Comercial do Oeiras Parque. Loja onde a rotatividade é frequente e estão sempre a precisar de funcionárias e por isso com as inscrições abertas. Posto isto, certo dia da semana passada entrou na loja uma moça negra, para entregar o curriculo e a respetiva incrição e quem a recbeu foi a minha filha que posteriormente a entregaria á gerente. Quando foi entregar o curriculo da moça á gerente, ela olhou e disse rápidamente " podes deita-la para o lixo". A minha filha espantada respondeu, " mas isso é racismo", e obteve como resposta da gerente, que não era ela mas sim da administração da Parfois.
Incrivel ou talvez não. Provalvelmente esta empresa é tão hipócrita, que quando existe alguma campanha anti racismo, participa e faz doações para a própria campanha.
Aqui fica a minha repudia e a da minha filha por esta situação. 

NÃO GOSTAMOS DO QUE É NOSSO!

De facto não gostamos do que é nosso!
Dito isto passo, a esclarecer o porquê. No passado dia 8 de Agosto (domingo), fui até perto da Base Aérea Nº1, para tirar umas fotos. Percorri as bermas da estrada para obter melhores fotos e pude verificar "in loco" o que nós, (em geral), fazemos à nossa terra. Desde, garrafas de cervejas, latas de conserva, garrafas de água, pensos, sacos de plásticos, de papel, resmas de jornal que deviam ser entregues e não foram e muito mais.
Hoje à tarde deflagrou um incêndio, ou vários, acabei por não perceber, entre Pero Pinheiro e Belas. Posto isto, reclama-mos dos Autarcas e empurramos sempre para os outros, nunca assumindo a nossa própria responsabilidade como cidadãos, e dever cívico que nos assiste.
A esta hora quem ler isto, estará por certo a dizer para si: "eu não nunca deito nada pela janela do carro"
Numa terra onde se idolatra, quem foge aos impostos, quem engana a policia, onde ainda existe a noção de que denunciar, quem estraga, quem suja, dá mais chatices do que mérito, e o que mais se faz é deixar andar, não admira que tenhamos tanta dificuldade em apagar os fogos.
Vou contar aqui só uma pequena história bem ilustrativa das diferenças de mentalidade.
Fui passar um fim-de-semana á casa de um casal amigo na Holanda. No casal ambos fumam e em conversa sobre as diferenças de comportamento, ela chama-me á janela para demonstrar o que dizia. Puxa de um cigarro e vai para acende-lo, quando algém de outra janela, grita e acena como se a mandasse para dentro de casa. Esta experiência foi bastante ilucidativa, como as mentalidades podem fazer a diferença no comportamento de uma sociedade e prevenção sobre o risco.

NÃO LEMBRA AO "DIABO"

No domingo passado (1/8/10), recebi uma mensagem no Facebook a convidar-me para um concerto do grupo P'las Fêmeas, a realizar em frente ao Floresta Center nas Mercês, no dia 02/08/2010.
Estranhei mas respondi que ía e fui. Até porque a malta do grupo é de Mira Sintra e meus amigos.
Dei de caras com um palco sem cobertura, colocado num canto entre dois prédios e um vendaval que só visto.
Falei aos músicos e perguntei de quem era a organização.
- Da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins. Que servia de encerramento a um festival de teatro.
Depois de esperar mais de uma hora pelos acertos na mesa de mistura, porque vim a saber que afinal a hora para começar, não era às 21.30h mas sim às 22.30h.
Lá começou, sem o publico merecedor do seu valor e na 4ª música aconteceu o inevitavel a uma segunda-feira: aparece a Policia por causa do barulho.
Será que este grupos têm de passar por isto, para mostrar o seu trabalho? 

O QUE TODOS PRECISAMOS

Hoje à tarde fui á Feira Setecentista, em Queluz. Vi muita gente, amigos e pessoas anónimas, coisas e artes antigas. Mas o que mais me tocou, foi no regresso ao carro uma gata preta, magra embora tenha reparado no bebedoro e na comida própria que alguém lá colocou. Ao apróximar ela veio ter comigo e o que ela queria, era simplesmente simples: afecto, um carinho, um afago.
Por vezes esquecemo-nos, como é facil, dar afecto.
Se os animais gostam...

HÁBITOS

Ontem tive de ir a Torres Vedras em serviço, aproveitei e fui andando pela orla maritima. A dado momento começo a cruzar-me com outros automobilistas a fazer finais de luz. E de facto havia brigada mais à frente.
Este como muitos outros maus hábitos, mostra bem a nossa mentalidade em como gostamos de ajudar o prevericador em vez de ajudar as autoridades a tirar e limpar a sociedade do que não interessa. Só de saber que muitas das vezes, se apanham ladrões e terroristas em operações stop, dá que pensar.
Avisar quem não se conhece, corre-se o risco de estar ajudar o assaltante da nossa própria casa a fugir, a escapar da policia.
São  (maus)  HÁBITOS.

TERRA SEM VIDA

Estamos em pleno Verão, o tempo não ajuda inconstante como está, mas...há um silêncio humano nas ruas, nas pracetas que assusta e dá que pensar, como será no futuro. As associações sem programa para animar as ruas, como se perdessem o saber de outrora, dos tempos que se vivia sem tecnologia, mas que pensavam, que faziam que os jovens ocupassem os seus tempos de férias em brincadeiras de rua, sem medo dos vizinhos, sem "gang's" para os azucrinarem a paciência e o sossego.
Depois ficamos todos subsidios-pendentes e quando não há, não sabemos fazer, porque hoje tudo se paga.
Paga-se o "palhaço", paga-se a Banda, paga-se os figurantes, ninguém está disponivel para viver e dar aos outros um pouco de vida.

PERDA

Agora quando chego do trabalho, falta-me aquele "picanço" sobre o Benfica.
Mas também me falta, o "outro".
Por vezes, quase sempre, só damos por falta das coisas, das pessoas... ou até de uma sombra... uma árvore cortada por ter doença... um corpo inerte... o fechar de olhos. Quando eles já não existem fisicamente.
"Então venderam o Dimaria?  Este ano vão estar fraquinhos!
-
Já não obtive resposta.
Já cá não está.
Onde ele estiver, deve estar confiante que o Benfica vai ser campeão.

Para o meu vizinho Jorge Baltazar, que Partiu. 

RECONHECIMENTO

O reconhecer que aquele fez algo pela sociedade, é sempre um acto de humildade e de respeito.
O Homem, disse que o fez, porque era a sua missão. Mesmo nesta hora, mostrou humildade, e que não era preciso, mas já que o fizeram, ficava grato.

Não conheci o Homem, mas é sempre bom e confortante ver alguém, ser homenageado, por ter entregue a sua vida aos outros.

Que bom seria, também lembrar tantos outros que fizeram crescer, instituições que ainda hoje estão em pé. Que ajudaram a que Mira Sintra se fosse firmando, no Concelho, e na Cidade.

O homenageado de que falo, é o Padre António Lopes Silva, fundador da Comunidade Católica de Mira Sintra, que a partir do dia 27 de Junho de 2010 deu o seu nome à rotunda, na Av. 25 de Abril em Mira Sintra.

ERA UMA VEZ...

Era uma vez, um rapazinho que gostava muito das novas tecnologias, tais como som e fotografia.
"Um dia quando puder vou ter uma aparelhagem e uma máquina fotográfica, daquelas como os fotografos."
Aquilo de falar para um micro e a voz ficar amplificada a sair das colunas, era uma coisa maravilhosa, espetacular. Também, olhar através duma lente e conseguir passar aquele olhar para o papel, era...um mistério, que um dia ele gostaria de descobrir.

E assim foi. Os anos passaram e assim que pode, conseguiu a sua aparelhagem e a sua máquina fotografica, que não era como a dos fotografos, mas muito parecida. Então a sua freguesia passou a Cidade e desde esse momento esperava sempre por um telefonema, por um evento, em que lhe pediam para pôr os seus aparelhos a trabalhar e os seus dotes de fotografo ao serviço de todos aqueles que queriam e pediam. Sem nunca esperar um obrigado. Fazia aquilo com tanto gosto que nem reparava, (enquanto arrumava os cabos) que todos já tinham ido almoçar, e ele ali ficara, sózinho. E dizia para com os seus botões, "se calhar esqueceu-se de me dizer para também ir almoçar".
Mas no fundo, sentia-se realizado. Tinha cumprido o pedido.