Por vezes somos "obrigados", a recordar momentos da nossa vida para ilucidar certos preconceitos. Como tenho uma vida transparente, e por vezes, sei que causa apreenção. Mas enfim quem não deve não teme.
Posto isto, espero não ferir ideias e ideais.
Estive à frente de um estabelicimento (café) em Mira Sintra, durante 9 anos. Durante este período confrontei-me várias vezes com a problemática da droga e álcoolémia entre os meus clientes. Assisti a situações, em que os pais de alguns toxidependentes, sem apoio, sem informação e formação, optavam por os pôr na rua à sua sorte. Posso dizer e isto sem glória, que muitos deles se aguentavam com aquilo que eu e minha mulher dava-mos para matar a fome.
Para abreviar um pouco a história, posso dizer que hoje alguns daqueles que matamos a fome quando mais precisavam, nos agradecem, sem medo do passado, aquilo que fizemos.
Muitos deles, a maior parte são filhos dos nossos vizinhos, amigos dos nossos amigos, por vezes andaram na mesma escola que nós.
Perdi amigos e vizinhos por falta de conhecimentos e de instituições, que os ajudassem.
Não gostaria que o povo de Agualva, cometesse o erro do preconceito.
Não é empurrando o problema para outros que ele se resolve.
O preconceito não ajuda nada nem ninguém... e ajudar deveria fazer parte natural da condição humana... infelizmente há muitos que não sabem o que é ajudar alguém necessitado. Eu por acaso sei e deixei muitas vezes de comer para dar a crianças de filhas amigas que nada tinham. Mas também o que fiz foi de alma e coração... e voltaria a fazê-lo!
ResponderEliminarEsperemos que isso UM DIA acabe!
Beijinhos doces***