De facto não gostamos do que é nosso!
Dito isto passo, a esclarecer o porquê. No passado dia 8 de Agosto (domingo), fui até perto da Base Aérea Nº1, para tirar umas fotos. Percorri as bermas da estrada para obter melhores fotos e pude verificar "in loco" o que nós, (em geral), fazemos à nossa terra. Desde, garrafas de cervejas, latas de conserva, garrafas de água, pensos, sacos de plásticos, de papel, resmas de jornal que deviam ser entregues e não foram e muito mais.
Hoje à tarde deflagrou um incêndio, ou vários, acabei por não perceber, entre Pero Pinheiro e Belas. Posto isto, reclama-mos dos Autarcas e empurramos sempre para os outros, nunca assumindo a nossa própria responsabilidade como cidadãos, e dever cívico que nos assiste.
A esta hora quem ler isto, estará por certo a dizer para si: "eu não nunca deito nada pela janela do carro"
Numa terra onde se idolatra, quem foge aos impostos, quem engana a policia, onde ainda existe a noção de que denunciar, quem estraga, quem suja, dá mais chatices do que mérito, e o que mais se faz é deixar andar, não admira que tenhamos tanta dificuldade em apagar os fogos.
Vou contar aqui só uma pequena história bem ilustrativa das diferenças de mentalidade.
Fui passar um fim-de-semana á casa de um casal amigo na Holanda. No casal ambos fumam e em conversa sobre as diferenças de comportamento, ela chama-me á janela para demonstrar o que dizia. Puxa de um cigarro e vai para acende-lo, quando algém de outra janela, grita e acena como se a mandasse para dentro de casa. Esta experiência foi bastante ilucidativa, como as mentalidades podem fazer a diferença no comportamento de uma sociedade e prevenção sobre o risco.
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